O Soberano

Caderno publicado no Jornal O Diário de 23 de abril de 2010

Soberano comemora 50 anos de glórias e conquistas

Atletas, ex-atletas, personagens e lendas do passado, do presente e do futuro se reúnem para a grande Festa do Cinquentenário

A comunidade de Presidente Lucena estará em festa neste fim de semana, quando ocorrem os festejos alusivos ao cinquentenário do glorioso Soberano, neste domingo, dia 25. A Sociedade Esportiva Soberano, como é conhecida, chegou ao seu Jubileu de Ouro na quinta-feira, dia 22 de abril. A data, então, é festejada desde a fundação em 1960, quando começou a bela história do Soberano, que não parou mais de crescer, tanto na conquista de títulos, quanto no quadro social e principalmente no patrimônio invejável que possuiu. Mas para tudo o que o Soberano representa hoje para a comunidade de Presidente Lucena e para a região, foi preciso muito trabalho, desde a época dos 70 fundadores, até os dias atuais. Além do trabalho incansável de todos os sócio-fundadores, sócios do passado e do presente, patrocinadores, colaboradores, comunidade e de todas as diretorias que já passaram e que ainda estão por vir, aliada a parceria com as prefeituras de Estância Velha, Ivoti e principalmente de Presidente Lucena, são hoje os grandes diferenciais para que todo este patrimônio fosse erguido e para que o Soberano se tornasse a principal entidade sócio-cultural do município, sólida, forte e progressista. Toda esta história segue viva até hoje, e os descendentes da comissão de fundação estão mantendo as origens para que o Soberano prossiga e cresça ainda por muitos e muitos anos. Parabéns a toda a comunidade de Presidente Lucena e a todos, que de uma forma ou de outra, fazem parte do cinquentenário de conquistas. O Jornal O Diário também faz parte desta história, trazendo há anos as principais informações da entidade. Porém hoje, nesta data especial, propiciamos aos nossos leitores, um pouco mais do Soberano, contando em um caderno de 8 páginas esta belíssima história.

PROGRAMAÇÃO
A programação do cinquentenário começa às 10h30min, com uma comemoração surpresa que irá ocorrer dentro do gramado do clube. O almoço aos atletas, ex-atletas, convidados, personagens, lendas do passado, do presente e do futuro e demais convidados, será servido a partir das 11 horas. Às 13 horas, cerimônia com homenagens, hino, parabéns e outra programação surpresa. Logo em seguida, o grupo de danças alemãs de São José do Hortêncio irá se apresentar, seguido pelo corte e distribuição do bolo do cinquentenário. Às 14 horas, inicia a festa e o baile com animação do Musical Encanto, de Feliz.


A fundação e a bela história
Tudo começou no antigo armazém de Armando Seewald
Quem não se lembra do antigo armazém de Armando Seewald? O ponto de encontro de amigos da então localidade de Arroio Veado na época. Pois foi neste local, na noite do dia 22 de abril de 1960, que tomou posse a primeira diretoria e criou-se então o Esporte Clube Soberano. O nome da agremiação futebolística, sugerido por Max Bötche, unido a combinação azul e branco do fardamento, decidida pela maioria, foram oficializados naquele encontro. A maioria dos fundadores era de agricultores, entre eles: Osvaldo Kunz, Eugênio Kleemann, Alfredo Trierweiler, Ramiro Boether, Ervino Biehl e Leopoldo Blauth. Havia ainda um pedreiro: Reinaldo Dhein –, dois professores: Cláudio Wagner e Geraldo Petry – além de quatro comerciantes: Alberto Exner, Levinos Dhein, Armando Seewald e Egon Gewehr. Em agosto de 1964, a diretoria resolveu registrar o clube na Junta Comercial do Estado, visando a isenção de impostos prevista na lei das entidades esportivas. Em 1982, o clube passou a chamar-se Sociedade Esportiva Soberano.

LEMBRANÇAS QUE MARCARAM ÉPOCA
Atletas mais antigos relembram fatos marcantes da época. Uma delas foi a aquisição do 1º fardamento, adquirido através de uma “vaquinha” entre jogadores, diretoria e colaboradores. Bolas também eram compradas desta maneira. Chuteira era artigo de luxo na época, sendo que quem queria jogar com uma, teria que se virar para comprar. Antes de iniciar as partidas, atletas de ambas as equipes combinavam o uso ou não de chuteiras, para que não houvesse desvantagem no confronto em função do calçado. Quando tinha jogo marcado em outras localidades, a comitiva do Soberano era transportada no caminhão ano 60 de Alberto Exner, pai de Nilo Exner. Atletas e torcida costumavam lotar a carroceria. Muitas vezes, até a bandinha de Alfredo Seewald ia junto. Quando os jogos eram em casa, todos os caminhos levavam a comunidade ao campo do Soberano, que tinha no futebol o seu principal momento de lazer no fim de semana.

Teve até jatinho na festa de inauguração do estádio em 1963
Incidente: Jogador tentou pegar a bola arremessada do alto pelo jatinho e fraturou o braço
O Soberano promoveu uma grande festa para inaugurar o seu campo em 15 de setembro de 1963. A programação estendeu-se durante todo o dia e teve cerimônia oficial com a presença da população, autoridades, jogo de futebol, bandinhas e se estendeu até a noite, com um baile social. O estádio recebeu o nome de Victor Schuck, então prefeito de Estância Velha que ofereceu amplo apoio as obras do campo e que na ocasião, inclusive, recebeu um aplaca de bronze. Mas a atração principal da festa foi o jatinho contratado para fazer parte do evento. No evento, até quem não era muito fão apareceu para fazer parte, tamanha era mobilização. Quem não foi ao campo conferiu tudo da janela de casa. O jatinho sobrevoou o estádio e o copiloto começou a se preparar para jogar uma bola no meio do campo. Atletas do Soberano e do time visitante aguardavam com ansiedade o arremesso para pegar a tal bola e guardar de lembrança. Quando foi arremessada, um atleta da equipe adversária, entusiasmado, quis ser o primeiro a pegá-la. Porém, ele não pensou no peso que ela teria com a velocidade que vinha daquela altura. Mas o que aconteceu: tentou pegá-la sem deixar picar e fraturou o braço. Passado o susto, logo após deu-se início ao jogo inaugural e o Soberano acabou vencendo o Flor da Rosa, de Estância Velha, com desfalque do atleta que fraturou o braço do time adversário. Enquanto os homens estavam envolvidos com o futebol, atraídos pela bandinha e pela cerveja, as mulheres se preparavam para o baile que estava por acontecer à noite. Foi um dia memorável.
Foto histórica do armazém, quando na noite do dia 22 de abril foi fundado o Soberano
Alberto Exner
 Armando Seewald

Ervino Biehl cedeu suas terras para o primeiro campo
Três anos após a fundação, o Soberano adquiriu 11,6 hectares de terras para construir sua sede própria
O início de tudo no Soberano foi o futebol. E a esse esporte que o Soberano deve a sua existência. No ano da fundação, o campo de jogos ficava nas terras de Ervino Biehl (in memorian), avó do atual diretor de esportes do clube, Ricardo Diefenbach. O campo ficava entre a Igreja Evangélica e a casa de Ervino, que existe ainda hoje. Em 1963, o palco das partidas foi transferido para a área de Frederico Bervian, situada nos fundos da Lancheria Exner. Este local foi usado por pouco tempo. No mesmo ano, a diretoria adquiriu a sede definitiva. A propriedade, de 11,6 mil metros quadrados, foi comprada de Plínio Schneider. O serviço de aterro e terraplanagem foi rápido, executado pela prefeitura de Estância Velha, município a quem Presidente Lucena pertencia na época. A nova sede esportiva foi inaugurada em 15 de setembro de 1963 e recebeu o nome de Estádio Victor Schuck, em homenagem ao então prefeito de Estância Velha, festejada com grande euforia pela comunidade. O curioso é como a área foi comprada. Grande parte dos recursos vieram de um repasse da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), que havia devolvido dinheiro à comunidade pelo investimento feito na extensão de energia. Quem conta é José Führ, que acompanha o clube desde “piá”. “Cada pessoa havia dado cinco mil cruzeiros a (CEEE) fazer o serviço, porém mais tarde, todos receberam o dinheiro de volta”, lembra Führ. O montante ressarcido foi usado na compra do terreno, que custou 400 mil cruzeiros. Mas houve também contribuições espontâneas, e cada sócio recebeu um recibo de doação de dinheiro. Os procuradores para fins de escritura foram Nilo Exner, Egon Gewehr e Armando Seewald.

A construção do tão sonhado ginásio na década de 90
Nos anos seguintes, a sede esportiva foi recebendo novas benfeitorias, como a cancha de futsal em 1980 e a de bolão. Mas a obra principal veio na década de 90, com a construção do ginásio de esportes em 1993. A obra no início caminhava lentamente, devido a falta de recursos. Havia somente a estrutura encaminhada e o telhado, colocado em 1994. A obra começou mesmo a todo vapor em 1995, com uma significativa ajuda da prefeitura de Presidente Lucena, na época do então Prefeito Nilo Hansen. O dinheiro foi fundamental, porém não suficiente. Somente os custos da quadra giravam em torno de R$ 80 mil. Mas em 1996, na gestão do então Presidente José Führ, uma promoção levantou recursos suficientes para que o ginásio pudesse ser utilizado. Toda a comunidade e sócios se envolveram na venda de uma rifa de um automóvel zero quilômetro. O ganhador da promoção foi de Dois Irmãos.
Foto histórica em um dia de partida no primeiro campo, que ficava defronte a atual sede

Ervino Biehl
Primeira quadra de futsal foi inaugurada em 1980

Um clube e uma sociedade com um patrimônio invejável
O Soberano não é apenas um clube de futebol. É também uma sociedade detentora de uma invejável estrutura. São poucas as entidades do seu porte e abrangência que contam com um ginásio de esportes, contendo uma quadra de futsal ovacionada pelos atletas que já tiveram o privilégio de disputar uma partida nela. Na quadra de futsal, já foram sediadas competições, tais como Abertos de Futsal, Torneios, Internos, Regionais e hoje a quadra do Soberano é o principal palco das disputas dos Municipais de Futsal da 1ª e 2ª Divisão. Também conta com uma quadra de vôlei. Sem falar na cancha de bolão, que funciona com controle de pinos automáticos. Nela já foram disputadas, além de partidas amistosas, também campeonatos internos e regionais, disputas do Rei e Rainha do Bolão, além da disputa do Estadual de Bolão. Sem falar também no campo, com dimensões não oficiais, mas com um belo gramado, cercado e com estrutura de invejar muitos clubes amadores da região e do Estado. Ao seu redor muito espaço para a torcida com uma bela sombra aos fundos da goleira do lado direito, área coberta para jogadores reservas do Soberano e visitantes, além de casamata coberta e segura para mesários, árbitros e bandeirinhas. O campo do Soberano também já foi palco de muitas disputas e de conquistas, como a de 1984 pelo 1º Quadro no Varzeano de Ivoti e também a conquista do 1ª título do Municipal de Presidente Lucena, em 1999. Em 2009 foi concluída e já inaugurada a parte superior da sede social, cuja obra foi executada no valor de R$ 42 mil. O espaço está servindo como espaço para jantas e almoço, realização de festas do Soberano, festas populares, casamentos, formaturas, aniversários e demais eventos.
 Cancha de bolão com montador automático propicia momentos de lazer e também sedia competições

Roque Rambo é o presidente do cinquentenário
O 15º presidente do Soberano e do cinquentenário é Roque Adelmo Rambo. Vereador eleito pela 1ª vez nas últimas eleições, Rambo, como é conhecido, recebeu o “convite de última hora” do então Presidente José Führ. Mesmo sem ainda ter muita experiência, ele aceitou o desafio, o qual encara com naturalidade e espera ser outra grande oportunidade e aprendizado para a sua vida. “Como não havia outro alguém interessado, aceitei o convite do José e espero dar a minha contribuição para que o Soberano possa continuar progredindo. Isto aqui não pode ficar parado”, avalia. Rambo montou uma equipe eficiente, tendo um grande braço direito ao seu lado, o vice Batista Schmeideker. Batista é outro membro que já contribuiu muito de forma voluntária em todas as promoções organizadas no Soberano nos últimos anos. O Departamento de Bolão segue nas mãos de Nelson Laux. Já no Departamento de Futebol, Ricardo Diefenbach também assumiu pela 1ª vez esta função. Em menos de três meses, a atual diretoria conseguiu aumentar o quadro social de forma relevante. 

A galeria dos 15 presidentes nestes 50 anos de história
Nestes 50 anos de história do Soberano, 15 diretorias já ficaram a cargo da administração do clube. Destas 15 diretorias, foram 10 os presidentes. Reni Alcido Führ foi presidente em três ocasiões e José Führ em quatro. Quem mais se dedicou nesta trajetória foi José Führ, que na soma ficou a cargo da presidência do Soberano durante 17 anos. Já Reni Alcido Führ presidiu por 10 anos. Cinco presidentes ainda vivem: José Führ, Reni Alcido Führ, Silvério Roque Stoffel, Dário José Kuhn e Roque Adelmo Rambo. Os presidentes “In Memorian” são: Roque Danilo Exner, Aroni Aloísio Mossmann, Danilo Rückert, Romaldo Stumm e Cristiano Schneider. Roque Adelmo Rambo é o atual presidente. Rambo, como é conhecido, será oficialmente nomeado presidente na festa do cinquentenário deste domingo, pelo presidente José Führ.
MEMBROS DA ATUAL DIRETORIA
Presidente - Roque Adelmo Rambo
Vice-presidente - Batista Schmeideker
Secretário - Evandro Kunz
Vice-secretário - Elton Messer
Tesoureiro - Valmor Becker
Vice-tesoureiro - Márcio Hansen
Diretor de Esportes - Ricardo Diefenbach
Vice-diretor de Esportes - Tiago Stoffel
Departamento de Bolão - Nelson Laux
Conselho Fiscal (Titulares) - Romeo Exner, Darci Steffen e Joel Fröhlich
Conselho Fiscal (Suplentes) - Lademir Stumm, Éder Exner e Rodrigo Vogt
Economia - Áurea Führ
Técnico 1º Quadro - Roque Neckel
Técnico 2º Quadro - Valmir Eckardt
MEMBROS DA 1ª DIRETORIA EM 1960
Presidente - Roque Danilo Exner
Vice-presidente - Reinaldo Dhein
1º Tesoureiro - Alberto Felipe Exner
2º Tesoureiro - Osvaldo Kunz
1º Secretário - Henrique José Cláudio Wagner
2º Secretário - Geraldo Petry
Conseilheiros:  Alfredo Trierweiler, Ramiro Böther, Eugênio Kleemann e Ervino Biehl
Diretor Técnico - Leopoldo Blauth
Técnico - Levinus Dhein

Membros da diretoria do cinquentenário: Áurea, José, Ricardo, Rambo, Batista, Márcio e Elton. Agachados: Darci, Valmor, Evandro e Romeo

FOTOS PRESIDENTES
Roque Danilo Exner – de 1960 a 1968
Aroni Aloísio Mossmann – de 1969 a 1970
Danilo Rückert – de 1971 a 1974
José Führ – de 1975 a 1976
Romaldo Stumm – de 1977 a 1980
Reni Alcido Führ – de 1981 a 1984
José Führ – 1985
Silvério Roque Stoffel – 1986
Cristiano Schneider – de 1987 a 1988
Reni Alcido Führ – de 1989 a 1992
José Führ – de 1993 a 1998
Reni Alcido Führ – de 1999 a 2000
Dário José Kuhn – de 2001 a 2002
José Führ – de 2003 a 2009
Roque Adelmo Rambo

As conquistas, as equipes e os atletas que marcaram época no Soberano
Muitas já foram as glórias do Soberano nos gramados da região e vários já foram os atletas que tiveram o privilégio de vestir as cores azul e branco desta camisa. Os primeiros anos foram de partidas amistosas e de confraternização. Porém, cinco anos após a fundação, o Soberano já conquistava o seu primeiro título. Foi o de Campeão Municipal de Ivoti, em 1965. Os anos se passaram e mais troféus vieram para a galeria, em Torneios, Regionais, Intermunicipais, Municipais e Quadrangulares. Em 1999, quando foi realizado o 1º Municipal de Futebol de Presidente Lucena, o Soberano foi o detentor do 1º título. A decisão foi no clássico diante do Tricolor de Picada Schneider. No 1º confronto o Soberano venceu por 2 x 0 em Picada Schneider e no 2º confronto o Tricolor venceu por 2 x 1 no campo do Soberano. A partida foi para a prorrogação, quando deu empate em 1 x 1 e o título foi decidido nas dramáticas cobranças de penalidades. Mas o Soberano se deu melhor nas cobranças e ergueu a taça. Outras duas grandes conquistas do passado foram as de campeão Intermunicipal em 1969 e o de 1984, neste último o Soberano montou um “cano”, um time mesmo imbatível, sagrando-se campeão da disputadíssima Várzea de Ivoti naquela ocasião. Confira a seguir algumas equipes que marcaram época.
Alguns dos títulos do Soberano
1965 – Campeão Municipal de Ivoti no 2º Quadro
1969 – Campeão Intermunicipal no 1º Quadro (Ivoti, Novo Hamburgo e Estância Velha)
1973 – Campeão invicto do Municipal de Ivoti no 2º Quadro
1982 – Campeão Geral no 2º Quadro e Taça de Prata no 1º Quadro, pelo Campeonato da Integração (Ivoti, Nova Petrópolis e Dois Irmãos)
1984 – Campeão Municipal de Ivoti no 1º Quadro
1986 – Campeão Municipal de Ivoti no 2º Quadro
1987 – Campeão Intermunicipal 2º Quadro (Arroio Veado, Capivara e Hortêncio)
1999 – Campeão do 1º Quadro pelo 1º Municipal de Presidente Lucena
2003 – Campeão Municipal de Presidente Lucena no 2º Quadro
2004 – Bicampeão Municipal de Presidente Lucena no 2º Quadro
2005 – Tricampeão Municipal de Presidente Lucena no 2º Quadro
2007 – Tetracampeão Municipal de Presidnte Lucena no 2º Quadro  

Primeiro fardamento do Soberano foi adquirido com “vaquinha” entre colaboradores, diretoria e jogadores

Time Infantil de 1989: Buiuka (auxiliar técnico), Tuti, Vanderlei Spindler, Antônio Führ, Oberto Spindler, Daltro Heilmann, Daniel Heilmann, Neuri Steffen, Márcio Martins e Mauro Diefenbach (técnico). Agachados: Ricardo Diefenbach, Martin Klein, Germano Lippert, Daniel Laux, Nadir Dhein, Ado Christ, Evandro Kunz, Gustavo Dhein e Meandro Trierweiler (Él)

Campeão Intermunicipal 2º Quadro 1987 (Arroio Veado, Capivara e Hortêncio): Alcido, Sorriso, Betinho, Beto, Laércio, Jairo, laro, Císio, Danilo, José (técnico), Giba e Paulo. Agachados: Clóvis, Sadi, Angelino, Roque, Chips, Beno, Jaime e Darci

Campeão 2º Quadro invicto em 1973: Ademir, Hilário, Lauro, José, Arlindo, Adolfo, Franz, Leonardo, Lauro e Egídio. Agachados: Hélio, Pedrinho, Danilo, Sérgio, Ildo, Geri, Léo e Dacilo

O time do ano de fundação: Nilo Exner, Adilo Rückert, Geraldo Petry, Arlindo Dhein, Ernani Pilger, Sidório Welter e Remi Laux. Agachados: Cláudio Wagner, Arlindo Blauth, Selvino Dhein, Sirilo Exner, Júlio Laux e Leopoldo Blauth

Campeão da Várzea de Ivoti pelo 2º Quadro em 1986: Mauro (técnico), Metz, Ilo, Mido, Cado, Sadi, Jacson, Laro e Nevada. Agachados: Figueroa, Kiga, Pires, Lúcio, Nenê, Milton, Chego e Kiga

Com as faixas de campeão de 1973: Nilo Exner, Egídio Zimmer, Armando Seewald, Danilo Rückert, Alípio Berghan (CMD de Ivoti), Hugo Kunz e Nilo Hansen

Campeão Municipal 2º Quadro Presidente Lucena 2007: Valmir (técnico), Cado, Roque, Tito, Gibinha, Luli, Élington, samo, Chigo, Joel F., Hub e Marcelo. Agachados: Figueroa, Jardel, Anderson, Joel D., Chéio, Daniel, Martin, Cézar, Neumar, Cafú e Marquinhos

Campeão Municipal 2º Quadro Presidente Lucena 2003: Paraná (presidente), Remi (diretor), Augusto, Stoffel, Beto, Júnior, Felipe, Tré e Valmir (técnico). Agachados: Odair, Pedrinho,Maurício, Isma, Gilmar, Marquinhos e André

Campeão Geral 2º Quadro do Campeonato Integração 1982: Puba, Metz, Rogério, Nelson, Rogério (Ipchie), Romeo e Ademir. Agachados: Ricardo Exner, Egon, José, Cado Trieweiler, Elói (Pebo), Geovani Exner e Figueroa

Time imbatível de 1984, Campeão da Várzea de Ivoti no 1º Quadro, com muitos jogadores ex-profissionais: Lindomar (técnico), Lademir, Péri, Kolly, Ivan, Luis Carlos, Luis Alberto, Gilmare Nestor. Agachados: Dionísio, Rosalino, Neldo, Werno, Vovô, Super, Euzébio e Nei

Taça de Prata 1º Quadro do Campeonato Integração 1982: Seewald (técnico), Nereu, José, Danilo, Péri, Dalson e Nelson Klein. Agachados: Gilmar, Sérgio, Leonardo, Pires e Werno

Time Campeão 1º Quadro pelo 1º Municipal de Presidente Lucena em 1999: Egon (técnico), Beto, Jair, Nelson, Paraná, Cado, Laércio, Péri, Daniel, Valmir e Figueroa. Agachados: Mimi, Cafú, Jaime, Gustavo, José, Maurício, Clauson, Roque, Lademir e Luisinho

Campeão Municipal 2º Quadro Presidente Lucena 2002: Remi (diretor), Valmir (técnico), Felipe, Márcio, Beto, Roque, Angelino, Gibinha, Gilmar, Odair, Augusto e Paraná (Presidente). Agachados: Nego, Cleiton, Jair, Júnior, Laro, Pipo, Tré e Chigo

Campeão Municipal 2º Quadro Presidente Lucena 2005: Cado Diefenbach, Cado Trierweiler, Odair, Joel, Luli, Gibinha, Edson, Adilson, Chigo, Márcio, Negão, Daniel e Beto (técnico). Agachados: Figueroa, Márcio, Angelino, Roque, Chéio, Marquinhos, Chupin, Júnior, Anderson e Cézar

Campeão Intermunicipal 1º Quadro em 1969: Nilo, Helmuth, Aroni, Celomar, Stopa, José, Pedro, Lauro, Hélio, Egídio, Pedro, Danilo e Armando. Agachados: Cláudio, Dinarte, Cirilo, Remi, Beiço, Elton e Geri



Veteranos levam o nome do Soberano desde 1998 por todo o Estado, além de Santa Catarina e Paraná
Atletas que já beiravam os 40 anos e que no passado disputaram fortíssimos campeonatos pelo Soberano, não tinham mais aquela vitalidade para disputar estas competições. Mas pendurar a chuteira estava descartado. Foi aí que tudo começou em 1998, quando uma turma de amigos começou a reunir-se nos sábados à tarde, de vez em quando, para disputar partidas amistosas e após os jogos, fazer um churrasquinho e relembrar estes belos momentos vivenciados no passado. Mas esta brincadeira começou a tornar-se séria com o passar dos anos, e hoje o Clube Festivo Veteranos do Soberano carrega o nome da entidade por todas as partes do Rio Grande do Sul. “Também jogamos em Santa Catarina e no Paraná”, conta Ademar Schneider, o popular “Pires”, um dos grandes responsáveis por este time, desde o ano de fundação até os dias atuais. O C.F. Veteranos do Soberano joga todos os sábados, com um calendário que começa no mês de março e segue até dezembro. Todos os anos em dezembro no fechamento do calendário, um Gre-Nal festivo de encerramento é organizado entre os atletas, quando o perdedor puxa a carroça com os ganhadores pelo centro de Presidente Lucena, tendo à noite uma bela confraternização entre os familiares dos atletas. Pires, que também já conquistou títulos pelo Soberano no passado, diz que cerca de 200 atletas de todas as partes da região já vestiram a camisa dos Veteranos, durante estes 12 anos de existência.
Membros da 1ª diretoria que ainda estão vivos
Dos membros da 1ª diretoria que fundaram o Soberano em 22 de abril de 1960, somente dois deles ainda permanecem vivos. E justamento os dois foram os principais responsáveis de registrar em um livro ata os primeiros passos deste grandioso clube. Cláudio Wagner foi o 1º Secretário e hoje ele reside em Sapiranga.  Geraldo Petry foi o 2º Secretário e reside na localidade de Nova Vila, em Presidente Lucena.

Cláudio Wagner foi o 1º Secretário


“Minha 2ª casa”
Presidente durante 17 anos, José Führ vai entregar o cargo após muita dedicação ao clube
Objetivo é tentar trazer todos os atletas que já vestiram as cores do Soberano no domingo

Muito do que o Soberano tem hoje deve-se a José Führ. Homem sério, decidido e um grande líder na parte de organização, José entregará oficialmente o cargo de presidente neste domingo, na festa do cinquentenário, passando-o ao seu sucessor, Roque Adelmo Rambo, depois de estar à frente da agremiação durante 17 anos em quatro gestões. Sua identificação com o clube começou desde os 13 anos, quando o time ainda jogava no campo das terras de Ervino Biehl. E estes momentos, segundo ele, jamais se apagarão de sua memória. “Naquela época, não existia geladeira e tampouco gelo, então utilizávamos água de cisterna para gelar a cerveja em um tacho” lembra. Assumiu a presidência pela 1ª vez em 1975, quando tinha 24 anos, sendo o presidente mais jovem a já assumir o cargo durante estes 50 anos de história do Soberano. Grande parte do patrimônio que o clube tem hoje, deve-se a José Führ, tais como o ginásio de esportes e também a sala superior de jantas. Esta última inaugurada no ano passado, em 2009, com investimentos de R$ 42 mil. Mas José conta que foi preciso a ajuda de todos os simpatizantes, patrocinadores e da comunidade para erguer este patrimônio. “Minha homenagem a todos que de uma forma ou de outra se empenharam para isto”, agradece. Na memória, guarda com enorme carinho o orgulho de também já ter vestido as cores da gloriosa camisa do Soberano. Em campo, ajudou a conquistar o inesquecível título invicto da antiga várzea de Ivoti, em 1973, pelo 2º Quadro. Ele não se esquece do fato marcante de sua vida, quando no 1º jogo deste campeonato, o Soberano foi até Ivoti e conquistou uma heróica vitória de 3 x 1 diante do Gaúcho. Nos 20 anos de disputas do Rei e Rainha do Bolão, reinou por quatro vezes e teve o grande mérito de também ter sido o 1º Rei do Bolão, quando tudo começou em 1991. Após anos de imensa identificação, José agora quer descansar e espera que os seus sucessores possam manter e dar sequência ao crescimento do Soberano, mas continuará a dar o seu apoio quando for preciso. “É a minha 2ª casa e não vou conseguir me desligar deste clube que guardo dentro do meu coração e que me deu a oportunidade de fazer muitos amigos”. Mas o presidente ainda quer cumprir uma missão, e encarregou-se como responsável pela organização da festa do cinquentenário. “Vamos tentar trazer todos os atletas que já vestiram a gloriosa camisa do Soberano, além das pessoas lendárias que deram início a tudo”, explica. José diz não ter conhecimento dos inúmeros atletas que já jogaram pelo Soberano, e aproveita para deixar o seu telefone de contato, caso algum atleta não tenha sido lembrado. O telefone é o (51) 9112-3195.

José exibe com orgulho os troféus e faixas já conquistados com a gloriosa camisa do Soberano


Rei e Rainha do Bolão do cinquentenário 
Casal Elton e Lori Messer foi coroado
Tradição é mantida por 20 anos desde 1991, quando começaram as disputas
Não só de futebol que o Soberano transmite a bela sua história. Pensando nos associados que não são muito chegados ao futebol, em 1987 foram concluídas as obras das canchas de bolão. No início tudo era muito estranho, e para adaptar-se, era preciso paciência. As “Zebras” (nome dado neste esporte quando uma bola é arremessada e nenhum pino é derrubado), eram inevitáveis. Os pinos também eram armados a mão no começo e exigiam muito sacrifício de quem encarregava-se de fazer esta difícil tarefa. Mas os anos se passaram e em 1989 foram instalados armadores automáticos de pinos. Vieram também as famosas disputas do Rei e Rainha do Bolão, tradição que é mantida desde 1991, tendo durante estes anos 20 cortes premiadas e coroadas. Em 2010, o casal Elton e Lori Messer levou a melhor na disputa e ambos foram coroados Rei e Rainha do Bolão do cinquentenário. A premiação foi entregue em abril, como é de costume, no baile de coroação. E nestes bailes, é claro, não pode faltar a dança da Polonaise, além de rolar solta a alegria e aquela cerveja gelada.
Aberto de Futsal será um dos grandes eventos do cinquentenário
A festa do cinquentenário que será festejada no domingo, com certeza ficará na história e na memória de todos. Mas outro grande evento que a atual diretoria planeja realizar no ano do cinquentenário é um grande Aberto de Futsal. Quem está cuidando mais desta parte são os atuais responsáveis pelo Departamento de Esportes, Ricardo Diefenbach (Cado) e Tiago Stoffel (Chigo). Os dois são netos de dois dos fundadores do clube e filhos de dois ex-atletas que já conquistaram títulos pelo Soberano. Cado é neto de Ervino Biehl e filho de Mauro Diefenbach.  Chigo é neto de Fridolino Stoffel e filho de Ademir Stoffel. Segundo eles, contatos já foram feitos com o responsável pelo Desporto do município, Diego Dhein, e o evento deverá ser realizado em parceria com a Prefeitura de Presidente Lucena. “Se for concretizado, o Aberto irá mobilizar todos os desportistas da região e o campeão irá levar, além de troféu e medalhas, também uma Moto 0km”, comentam. Este aberto passará a ser realizado todos os anos a partir de então. A grande final será transmitida por uma Rádio e a foto do campeão vai para um mural, no Ginásio do Soberano. Deverão ser convidadas 16 equipes e a competição está programada para ocorrer no mês de outubro. Inscrições já estão abertas. Contatos com Ricardo (51) 9712-0167 e Tiago (51) 9365-8200.
No passado era tradição entregar uma flâmula ao adversário
O Soberano também já tinha a sua flâmula. Hoje esta tradição não é mais mantida, mas no passado, era costume entregar uma flâmula aos visitantes, em qualquer campo da região. O Soberano ainda guarda com orgulho uma destas relíquias. Nela esta estampada o escudo do Soberano, que continha ainda o desenho de um Leão. Naquela época, o Soberano era conhecido como “O Leão de Arroio Veado”.  Ela pode ser apreciada no mural durante a festa deste domingo.

Clube ainda guarda uma destas relíquias em seu mural histórico
O Hino do Soberano foi criado pelo professor Cláudio Wagner
São poucos os clubes não profissionais que tem um hino, mas o Soberano tem. Tanto é que em 2004, o hino do Soberano foi reproduzido em uma gravadora o hoje ele está em CDs. A canção foi composta pelo professor Cláudio Wagner, que lecionava na Escola Guilherme Exner. Wagner também é um dos fundadores do Soberano e foi Secretário da 1ª diretoria em 1960, além de ter sido preparador físico do time. Hoje ele reside na cidade de Sapiranga. No passado, o hino do clube era entoado antes de todos os jogos do Soberano em seu mando de campo. A bandinha de Alberto Seewald entrava no gramado tocando a música, enquanto que os jogadores de ambos os times, perfilados, vinham atrás. Era uma solenidade de abertura muito comum na época, que contava principalmente com a participação da torcida no coro. Todos sabiam de cor a letra. Cópias da música e do hino serão vendidas em CD na festa deste domingo, ao valor simbólico de R$ 5,00. Conheça a seguir o hino idealizado por Cláudio Wagner.

A LETRA DO HINO DO SOBERANO
“Pelas serras do pampa gaúcho, Soberano! Eis um nome de glória. Desfraldando a bandeira soberba; Estandarte fiel da vitória.” (1ª ESTROFE)
“Bravos jovens, gloriosos e fortes. Lutadores leais e temidos. Sempre juntos nos braços da sorte. Soberano! Brandamos unidos.” (REFRÃO)
“Sempre! Sempre! Marchando na frente. Companheiros, leais, esportistas. Soberano, o teu nome na história. Tem um livro de glória e conquistas.” (2ª ESTROFE”)
“Onde nossa bandeira estiver. Prometemos por ela lutar. Quer nas glórias ou nas desventuras. Ao teu lado haveremos de estar! (3ª ESTROFE)

Nilo Exner
O grande homem que dedicou parte de sua vida ao Soberano
Ex-prefeito de Presidente Lucena, Nilo Exner foi sócio-fundador e o primeiro presidente do clube, permanecendo no cargo até 1968
Não somente Presidente Lucena, mas toda a região sentiu a perda de um grande líder comunitário, Roque Danilo Exner, ex-prefeito do município na gestão 1996/2000, que tragicamente faleceu em um acidente, enlutando toda uma comunidade no ano de 2004. Mas quem mais chorou a perda de Nilo Exner, como era conhecido, foi o Soberano. Ele foi o homem responsável por tudo o que o clube é hoje. Nilo foi o primeiro presidente do Soberano em 1960 e permaneceu no cargo até 1968. Ele ficará pra sempre na lembrança de todos os que fazem parte da “Família Soberano”, por tudo o que representou, principalmente no início, quando se encontrava pelo caminho as principais dificuldades.
Mas Nilo foi persistente, e durante os primeiros oito anos que ficou na presidência do clube, transmitiu aos seus sucessores bravura, alegria e principalmente a força de vontade de não desistir quando se almeja algo na vida. Quem não lembra do Nilo no campo, vestindo e representando as cores do Soberano por onde o clube jogava. Ou então, o Nilo gelando cerveja e assando o churrasco. E nas festas comunitárias, era o Nilo que transmitia no microfone a alegria do evento que reunia multidões. E quem não se lembra dele com a gaita, quando os músicos da época do Soberano tocavam e cantavam a marcha antes das partidas “vamos, vamos, Soberano...... nossa turma animada....”, empolgando inclusive os adversários e visitantes do Soberano. Nilo deixou saudades, mas o trabalho deste grande homem com certeza servirá de exemplo para muitos. O nome de Nilo Exner, com certeza, será exaltado na festa do cinquentenário neste domingo, quando todos irão aplaudir de pé quando for mencionado no microfone.
Bandinha animava os jogos: Nilo Exner (gaiteiro), Otto Seewald (pistão) e Alberto Seewald (flauta). O jovem descalço é Pedro Exner
Cláudio Wagner foi o idealizador do hino
Nilo Exner ficará pra sempre na memória dos simpatizantes do Soberano

A colocação das primeiras faixas
O título de 1969 pelo 1º Quadro foi memorável. Foi neste ano que o Soberano colocou também as suas primeiras faixas. O time daquela época tinha atletas como Aroni Mossmann e Egon Gewehr, grandes líderes comunitários. Egon Gewehr é hoje o dono do Salão Gewehr, renomado ponto de encontro e de festas nas noites de sábado em Presidente Lucena. Confira a seguir a foto histórica da colocação destas faixas.